sou valente
e
forte,
miúdo
e
solene.
sou capaz,
mas indigente.
sou de amores
mas não
sou mais
rapaz.
na rua falam
de longe:
lá vai ele,
o homem
sem parentes,
lá vai o
catalano.
lá vai o
solene sozinho.
lá vai
o homem
que deixou
passar a vida.
e, de mais
uma coisa
eu sei:
vida vai,
vida vem.
e chega
uma hora
que você
vira
bento,
vento,
lento.
vai virando
pó
dos exaustos,
pó
das esquinas,
dos falsos
e dos
impolutos
faustos!
Nessa agrura,
só sei,
que a pólvora e a a bala
sempre foram paixão ds débeis,
e longe do amor, nunca foram
parentes.
E de uma eu sei
que avida vai,
que a vida vem.
e chega
uma hora
em que você é amante dos vazios.