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Tenho saudade de um qualquer infinito
De um impossível menor que seja
Era tanto tempo de tanto tempo bendito
Da eternidade da luz além da estrela
Tenho o tempo como meu abrigo
E o presente é meu leito onde me deito
E no sono do porvir, o virgem arbítrio
Num sonho inalcancável, rarefeito
Se desperto, nas paredes do passado
Fotografias vivas de um álbum desbotado
O meu quintal é de flores e instantes
E antes das eras e dos momentos
Antes das águas e dos lamentos
De todos os sopros e dos suspiros
Nas letras dos meus versos em delírio
Perdido, fui meu próprio desabrigo
Tenho saudade de um qualquer infinito
De um impossível menor que seja
Era tanto tempo de tanto tempo bendito
Da eternidade da luz além da estrela
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