Um breve dia
Era um menino nefasto,
Safado e perambulado.
Com aquela chagas que me incomodavam,
Quem era aquela,
que estava sentada ao meu lado.
Aquela, que me dava arrepios!
Era noite e uma luz ofuscava,
Era a lua com seu brilho cintilante,
Mas estava tão frio que não sentia
Nem meus pés e escroto.
Era noite e dia e mais uma noite de dia,
Era mais tarde que o pôr do sol,
Quando não beirava mais,
La estava eu,
Naquela maldita esquina.
Chavasco, como em dia de churrasco,
Todos reunidos, mas ninguém
Se ouviu, falou, ou se quer murmurou.
Estavam felizes por fora,
Mas tristes por dentro,
Não tinham mais receio,
E nem mais crenças no futuro
De tantos vil.
Sim, ou talvez não.
Se era não, o que é o sim,
Mais tarde estava no chão,
E o medo vinha mais cedo.
Tristes eram minhas plagas
Esquecidas pelo tempo,
Sumiram de dia,
E foram para imensidão.
Sou o homem lata,
Sem dó ou coração.