Antonio Olivio

Soneto do amor diante da guerra

Vos que sois feito de aço 

Tua boca cospe explosão 

Tem  violência em teu abraço 

E pedras no  coração 

 

Não sou o senhor dos exércitos 

Não posso estar em sua guerra 

Se acredita  em horrores explícitos 

Em ti, o amor se encerra 

 

Estou nos escombros 

No meio dos esquecidos 

Carregando a dor nos ombros

 Sou mais um, entre os vencidos 

 

Mas jamais serei a morte

Sou a vida em recomeço 

Serei para milhoes a sorte

De amanhecer quando  amanheço...

 

Antonio Olívio