procuro e procuro,
acho
e perco,
ganho e
disperso,
igual ventania
na fonte do ouro.
uma hora
é,
noutra, deixa de ser.
quando vejo, não acho,
quando acho,
já se foi.
contra o tempo
ela bateu.
mas,
virou
musa do
lascivo museu.
e nesta
história
que
tá
pra chegar,
perto de
mim,
é somente
uma baita
migração
de
saudade
da gente,
quando era
outrora.
uma lua
de
alucinação,
pois,
sou o que sou,
e só me perguntam
o que não sou.
não
sou nada
de alguma coisa,
vindo,
bendito
do zero,
que achou
e se perdeu
nas contas da
saia dela,
que sempre dizia
agora não,
ou
fica agendado pra próxima agonia.