Me leve para casa, não pertenço a este lugar
Ouço as gotas de chuva caírem lá fora, e só penso em ir embora
Me mostre o meu lar, onde eu deveria estar
O mundo é violento demais para que eu possa me regenerar
Me permita te tocar para que eu possa curar
E sanar com leveza, levar embora as impurezas
Que se instauraram com as incertezas
Ouço o chamado da mãe natureza
Que não suporta mais que destruam sua beleza
Meu refúgio dos homens desta terra, que não cessam em acabar com ela
Estou perdida nesse mar de turbulências
Cada vivência é como uma onda, que me estronda
Não me deixe afogar, se sabes onde é o meu lar
Sentir sua pureza secava minhas lágrimas de tristeza
No parapeito deste rio, sinto frio
Não me abandone, universo macio
Sob as nuvens seria capaz de descansar
Sonhar junto ao meu lar, sem acordar
Com o vazio no peito, respirando este ar rarefeito
Perdendo o fôlego, sento-me ao vento ao ouvir o seu chamado
Corro contra o medo na esperança de te alcançar
Estou cansada de nadar
Me mostre meu lar
Sinto meu vazio que agora flutua sob este rio
Se eu pular você vai me segurar e me levar onde eu deveria estar?