Luissa

Lar

Me leve para casa, não pertenço a este lugar 

Ouço as gotas de chuva caírem lá fora, e só penso em ir embora  

Me mostre o meu lar, onde eu deveria estar 

O mundo é violento demais para que eu possa me regenerar 

Me permita te tocar para que eu possa curar 

E sanar com leveza, levar embora as impurezas  

Que se instauraram com as incertezas  

Ouço o chamado da mãe natureza 

Que não suporta mais que destruam sua beleza  

Meu refúgio dos homens desta terra, que não cessam em acabar com ela 

Estou perdida nesse mar de turbulências 

Cada vivência é como uma onda, que me estronda 

Não me deixe afogar, se sabes onde é o meu lar 

Sentir sua pureza secava minhas lágrimas de tristeza 

No parapeito deste rio, sinto frio 

Não me abandone, universo macio 

Sob as nuvens seria capaz de descansar  

Sonhar junto ao meu lar, sem acordar 

Com o vazio no peito, respirando este ar rarefeito 

Perdendo o fôlego, sento-me ao vento ao ouvir o seu chamado 

Corro contra o medo na esperança de te alcançar  

Estou cansada de nadar 

Me mostre meu lar 

Sinto meu vazio que agora flutua sob este rio 

Se eu pular você vai me segurar e me levar onde eu deveria estar?