em teu rosto vejo detalhes que
dariam um samba bonito,
ou poesias destas
cujas ternuras acalentariam corações.
entre trechos e versos do teu aconchego,
nas notas doces de nossos chamegos,
escancarou-se minha porta entreaberta.
minha musa, meu enredo, meu carnaval inteiro!
contemplo a ti
tal como um fim de tarde no Arpoador,
ou um mar de nuvens banhando o Redentor.
tu és palco onde piso sem medo, sem pudor.
minha vulnerabilidade desnuda,
ressignificando incertezas profundas.
no entanto,
o sorriso que encanta também tortura
à sombra de silêncios gritantes
que marcam o ego com amargura.
ai! paradoxos latentes..
sobrecarregando-me de vontades emergentes.
pobre alma prepotente, inebriada de amor.