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tamiresvale

can(dura)

em teu rosto vejo detalhes que

dariam um samba bonito, 

ou poesias destas

cujas ternuras acalentariam corações. 

 

entre trechos e versos do teu aconchego, 

nas notas doces de nossos chamegos, 

escancarou-se minha porta entreaberta. 

 

minha musa, meu enredo, meu carnaval inteiro! 

contemplo a ti

tal como um fim de tarde no Arpoador, 

ou um mar de nuvens banhando o Redentor. 

 

tu és palco onde piso sem medo, sem pudor. 

minha vulnerabilidade desnuda, 

ressignificando incertezas profundas. 

 

no entanto, 

o sorriso que encanta também tortura

à sombra de silêncios gritantes

que marcam o ego com amargura. 

 

ai! paradoxos latentes.. 

sobrecarregando-me de vontades emergentes. 

pobre alma prepotente, inebriada de amor.