A tempos não piso no templo da poesia
A tempos não visito o solo fértil desse cemitério de sonetos vazios
Onde invoco, em plena calma, teu santo e proibido nome
Onde choro, sorrio e caminho
Quantas vezes sepultei-me nessa terra?
Quantas vezes conheci a fome?
E por ela matei!
Por ela morri!
Agora…lhe vejo distante
Como sombra palpável
Como verso vazio
Não sou e jamais serei o que fui antes!
Antes da dor
Antes do amor
Antes do que sou
Antes.