Victória Bianca

Voltei

A tempos não piso no templo da poesia 

A tempos não visito o solo fértil desse cemitério de sonetos vazios

Onde invoco, em plena calma, teu santo e proibido nome 
Onde choro, sorrio e caminho 
Quantas vezes sepultei-me nessa terra? 
Quantas vezes conheci a fome?
E por ela matei!
Por ela morri!

Agora…lhe vejo distante 
Como sombra palpável 
Como verso vazio 
Não sou e jamais serei o que fui antes!

Antes da dor
Antes do amor
Antes do que sou
Antes.