A dor arde nas têmporas do meu corpo,
Sinto arrepios esdrúxulos que me lambem
E tento controlar-me nas atitudes pusilânimes
Porém há um teor energético meio torto...
Penso que o que me percebo seja peremptório,
Então busco navegar nas águas da fibromialgia
Onde o constante deslocamento parece utopia
Do montante capcioso que me torna ilusório.
Há uma tertúlia unilateral que me traz fadiga
E tudo que posso interpretar-me assaz intriga
Os aventureiros dessa síndrome sem avatar...
Não há antídoto para um retorno à quietude,
Na verdade tais sintomas tão somente iludem
O aspecto físico que me doma na perpendicular!
DE IVAN DE OLIVEIRA MELO