Charles Araújo

SEXTA-FEIRA DIA TREZE DO AZAR

SEXTA-FEIRA DIA TREZE DO AZAR

Sexta feira dia treze logo a noite 

Gato preto olhos negros 

Debaixo da escada da velha Maria 

Bruxas soltas, uivos e agouros

por todas cercanias

Velas que se apagam 

cabeças na guilhotinas

Mãos pesadas do Carrasco

terror gritos pavor!!

Espíritos de porcos 

soltos fuçando na lama.

Corpos revirados na cama 

Bocas sedentas por sangues fresco

Túmulos rachados

Corujas e sapos empalados

Os perigos se escondem 

Em cada esquina amaldiçoadas...

Passos invisíveis nas calçadas

Fumaça preta do caldeirão encardido

Cabeças de abutres cozidas

Chagas abertas pus das feridas

Nada a temer é só uma noite de pavor

Logo passa e tudo volta ao normal

Mas cuidados

há sempre o bem disfarçado de mal…