Um dia, não sei como, ouvi a voz 
Vindo de  algum lugar e muito perto
E só me aparecia quando a sós.
E adocicava assim meu ser deserto... 
Notei então que um pássaro veloz 
Também me aparecia ao tempo aberto 
E desaparecia logo; e após 
Saber que o seu ouvir tinha por certo. 
Dias seguidos, noites após noites
Aquela voz me perseguia a mente.
Penetrava a minh\' alma com açoites 
De uma ternura forte e viciante.
Que atuando no meu inconsciente 
Fizeram-no esquizofrenizante.