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Maximiliano Skol

UMA VOZ DE TERNURA

Um dia, não sei como, ouvi a voz
Vindo de  algum lugar e muito perto
E só me aparecia quando a sós.
E adocicava assim meu ser deserto...

Notei então que um pássaro veloz
Também me aparecia ao tempo aberto
E desaparecia logo; e após
Saber que o seu ouvir tinha por certo.

Dias seguidos, noites após noites
Aquela voz me perseguia a mente.
Penetrava a minh\' alma com açoites

De uma ternura forte e viciante.
Que atuando no meu inconsciente
Fizeram-no esquizofrenizante.