R.Capuano

Naufrágio de uma alma

 

Certa vez,o dia não sei; o amor apareceu,

surgiu do nada; e crescendo foi se estabelecendo em segredo sem nada dizer.

Uma coisa que pensando não mais existir, não entendi, vou esquecer, acordar fugir talvez; não,apenas chorei.

Fui me isolei, fugi tentei levar para longe esse sonho,me atirei no mar dos esquecidos,mas as ondas me trouxeram de volta.

É a insistência pelo não permitido, é a busca pelo amor proibido; é o mandamento profanado.

E assim as noites vão passando, e nas linhas deslizando os pensamentos que enlouquece; momentos de tormento, uma fuga iminente, estou a deriva como o vento;nos leva nos traz; um barco sem leme perdido no mar agitado.

Nessas ondas não me controlo,as vezes nado,as vezes me afogo,não consegui superar, fui definhando , reduzido a um fantoche conduzido pôr esse oceano.

A alma já não tem controle,quer liberdade, procurar o proibido,irá se juntar aos amotinados,irá sofrer,entrar em conflito e acabar perdendo.

Irá partir; não tenho o controle, vai ao encontro marcado desse amor consagrado .

                                    r.capuano