A imperturbabilidade absoluta que desdenha da
inquietude e desenha uma amigável franqueza,
à medida que o sol precipita-se nos mares.
Ignorando angústias (que nunca entraram na
minha mente), desencadeando rios de
tranquilidades dignas. Provérbios e sofismas.
Lembro-me de minha mãe, a força e a resiliência,
com as suas falas imperativas e abraços quentes.
Interligo à lembrança a imagem de meu pai –
pequeno em estatura –, mas com um coração
gigante, carregando o seu sorriso contagiante
e histórias que costumava contar por horas...
O que guardo disto é delicado e franco – não é
palavra: é arquipélago de doce infância.
Quando quero falar com Deus também finco-me
nisto: ser brando; ser o \'enquanto\' que encontro.
A rede que balançava o que hoje são memórias,
o violão velho que tocava os passeios das noites
recheadas em Jatobá... – era um sonho-real.
Algumas circunstâncias são como uma flor
desabrochada, que formam base para outras
que ainda vão trocar de vestido, como se
estudassem o Futurismo.
Por isso, decididamente, sinto que não estou
perdido – a despreocupação é um dos caminhos.
Tudo que é Amor cresce atrás do pensamento,
dorme na memória e constrói sua casa no peito –
o que é perfeito.