DO PARAÍSO AO CAOS
Longe de mim querer passar
por um bom moço
Quando logo sou o mais galante
Levo a fama mas não sou como os demais
Que se veste para o baile
Mas se embriagam e se tornam prisioneiros na casa de Dionísio...
Às vezes sou comedido demais , por isso não fico por muito tempo em um só lugar...
Nem sempre saio pela porta
pois nem sempre por ela entro
já partir sem ter chegado
E fiquei mesmo partindo
Vivo o dilema de que a liberdade é viver os dias sem a marca de um senhorio , mas amargo a solidão das noites de insônia sozinho.
Mas quem sou eu para julgar as escolhas dos mortais
Vivo pagando por erros alheios
Mas cometendo os mesmo
E assim vão pagando por mim
Pois um só provou o fruto
E condenou todos a esse caos
sem fim…
C.Araujo