Rasgam-se as palavras pelos fios navalhados dos pensamentos torturantes.
Tais quais presenciaram o sofrimento ínfimo proporcionado pela própria expectativa do inconcebível.
Oh, nobre poeta. Ator do destino. Refém dos sentimentos, pobre menino.
Dói, do tanto que é bela. Dói.
Pobre beleza fugaz, que somente aos desejos profundos, sua superficialidade é a causa.
Pena, que pena que além de toda certeza, ainda se faz uma incógnita... Um mistério.
Contém a imprevisibilidade de uma música clássica
Das quais ultimamente poucos se atém a ouvir.
És rara, mas não tanto quanto outras milhares.
És única, mas somente para aquele que se faz o construto destas palavras e dá sentido as letras.
Não tornei-me poeta para conquistar o teu amor.
Tornei-me poeta para lavar a minha alma, para transcender o silêncio estridente, para amenizar a dor.
Sublime beleza, que esconde nos olhos um segredo.
Uma alma vazia do brilho que costumava incendiar corações.
Falta a luz que iluminava as escuridões, e guiava o discernimento.
Falta a luz!
Quanta falta faz. - Barco sem farol, perdido em meio a tempestade, onde as ondas violentas se confundem com as mentes turbulentas que afundam a lucidez de uma saída.
Quanto pesa uma lágrima que se recusa ceder a força da gravidade!
Quanto dilacera uma palavra que se recusa servir em favor a verdade.
Toda subjetividade é como um mar desconhecido, profundo e perigoso.
Ah, mar...
Amar!
Também, como o espaço e seus astros, suas estrelas e infinitude
Ah, Marte...
Amar-te.
Por fim, como a vida e sua finitude
A sorte... A morte.