Descreve o pacato sem nenhuma palavra.
Alia-se perfeitamente com o castanho do café.
Dança suavemente com teus ventos, como eremita em lavra.
Engolfa-me do crânio ao pé.
Faz do jatobá teu candelabro,
Cuja chama é subentendida como o frio.
Faz dos relâmpagos teu leão sicário,
cujo rugido é outorgado como macabro.
O seu ritmo não tem início,
Tampouco meio... quem dirá fim!
Tua melodia embaralhada aprisiona como vício,
Vício esse que ri gélido de mim.
Por além das gotas ricas em tantas notas que por pouco não coube,
Há uma intenção obscura, nem boa e nem vil.
Como se o cinza do céu brincasse com folha dentre outras mil.
Como se quisesse me lembrar de algo que nunca vi , mas sempre soube.
O café está pronto.