o chão manchado
estrelas exortam
tenho uma visão
– tão distorcida
de mim!
os prédios brilham
o céu escorre
sem óculos
meus olhos descansam
do desassossego
e criam imagens
– nítidas de irrealidade
contidas em beijo e torpor
– uma esperança tênue
de encontrar novo caminho
de me possuir num ninho
sem reservas, sem temor!
a íris acende a escuridão
e ascende a alma inquieta
– impura demais… bonita demais!
em completa, doce e cálida
solidão…
o chão continua manchado
os postes das ruas, acesos…
nos meus olhos, claridão!