na varanda do silêncio das palavras
adormecidas nos embalos das redes
ouvindo o murmúrio da saliva do rio
com as lágrimas do salgueiro-chorão
e o toque da brisa no seio do relvado
provocando os frenesis multiverdes
palco aberto do concerto das almas
que tocam as verdades em harmonia
que envolvem e sorriem os corações
primeiro eles, órgãos da serenidade
depois os poetas, órgãos dos órgãos
que ali encontram a paz e as paletas
e as infinitas páginas castas, brancas
pra comporem o seu bonito universo
com as vozes interiores que os guiam
na varanda do silêncio das palavras...
-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 30/09/23 --