Sobre as tépidas areias No vento do deserto Busca as raras estrelas Com o sangue nas veias Do seu sonho aberto Para tentar descrevê-las Sob o sol do ocidente Desse céu azulejado Aos olhos únicos do Oleiro Com os elos da corrente Do seu coração consagrado Que segue o destino faceiro Atrás da luz da certeza Do amor e da compaixão Que lhe dá encantamento Com o amparo da fortaleza Que emana da imensidão Para o seu pensamento Enquanto na existência Preenche toda a sua aura E procura ter uma quimera E com toda a paciência Bebe da água que restaura E roda a sua invisível esfera