Da névoa de chuva
dos lugares
das pessoas
dos olhares
da respiração
Sinto angústia.
Do breu, não sinto
não existe medo
senão apenas do escuro
o desconhecido se torna útil, a ponto de dar calafrios
o conhecido que já vive em pensamentos e rodeia meu mundo
é apenas vago
Já o novo é sensitivo
silenciosamente calado
interpretativo.
Se o mundo todo fosse breu
só teríamos que conviver com ele
nada mais importaria
E quem sabe, o escuro nos acostumaria a dormir de luz apagada
seguindo em frente, pois atrás não haveria nada