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Lamparina no meio da chuva

Caixinha de música, rode a bailarina
Faça os momentos valerem a pena 
As grades enferrujadas não aguentam mais 
Cidade abandonada, prédios, olho de cima, a chuva vem e não é das boas

Pessoas vem e vão, dinheiro entra e sai 
O que pesa? O que vale? Quem é você para definir o valor de alguém?
Lamparina no meio da chuva, não tive escolha, eu tive alguma escolha?
Se tinha alguma coisa em seu sorriso...esse brilho já sumiu 

Reinicie o sistema, reinicie seu próprio caos 
Abandone o próprio ego, abandone o próprio orgulho 
O mundo é meio escuro, será que uma lâmpada pode ser engolida?
Uso uma lamparina, no meio da chuva, no meio do vento, no meio do furacão 

Eu penso na sua vida, eu penso na sua alma, não me ignore, eu me preocupo com você 
Queria te ensinar algumas coisas, mas, resolveu deixar o mundo te ensinar não é?
Acostume-se com a dor, o belo no pouco, o horrível vem com o muito 
Agora, limpe esse rosto e continue a andar 

O sofrimento é opcional, lhe vejo apodrecer igual uma flor sem água 
Um sonho eterno, uma música etérea, um local branco e limpo
Acorde, a realidade é suja e imunda, não é a vida? Não vim aqui para ser idealizador 
Gire a roleta da vida, gire os dados até parar no que é certo 

Nenhum deles voltou daquela vida, de nós mesmos só sobrou as lágrimas 
Deveria lembrar algo? Deveria saber que a chuva molha e o fogo queima, uma lamparina, no meio da chuva...