Olhos distantes dos olhares tredos,
Dos poentes áureos e reluzentes,
Que trazem-lhes contigo os teus segredos,
As pétalas saudosas e frementes...
Que guardam sob as pálpebras os medos,
Sois vós tão delicados e silentes...
De contemplarem os luares quedos,
Acostumados pelos céus dolentes.
Seguem-lhes os dias com os seus cantos,
E à luz de um astro que nunca vos deixa
Enublam-se com lágrimas e prantos...
Olhos serenos que brilham felizes,
Ao verem, senhora, tua madeixa
Cobrindo-lhes as velhas cicatrizes.
Thiago Rodrigues