... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

Clamor

Quando eu parar de criar verso salgado

Para elevar, por fim, o agrado na poesia

Nessa hora solene e de festiva alegria

Peço a ventura que fique firme ao lado

 

Não quero somente pelo desejado dia

Açoitando minha alma com o passado

Preciso de suspiro e olhar apaixonado

Nos versos, cheios de branda melodia

 

Depois que a poética tiver seu abrigo

No desfastio, tenha verso enamorado

Traga tom, gesto, num versejar amigo

 

Se o poema de um prazer foi separado

No clamor, então, quero sair do castigo

E, não mais ter o aprazimento negado.

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

21 setembro, 2023, 14’46” – Araguari, MG

 

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