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Thiago R

Quando forem os meus sonhos...

Quando forem os meus sonhos só poeira,

Levados pelos ventos solitários;

No claustro de uma tarde derradeira,

Pendidos como folhas nos calvários...

 

A lembrar, eu ficarei a noite inteira,

Ó mãos brancas unidas por rosários,

Minh\'alma de angústia passageira,

Já andaste sem cantar nos campanários...

 

Vós que vens por caminhos invisíveis 

Mostrar-me as etéreas melodias 

Da saudade nos poentes indizíveis...

 

São como as névoas das manhãs saudosas,

Que os campos velam sem melancolias,

Seguindo as pobres almas dolorosas...

 

Thiago Rodrigues