Ao longe no boreal Os florões dos arrebóis São os meus belos sóis Num sonho universal Que bem de tardinha Vão todos embora Com a nuvem que evapora A minha alma sozinha Ouvindo uma sinfonia Com os sentidos e os planos Por entre os canais de anos Da minha pura harmonia Para compreender o amor Numa visão transcendente Toda invisível e inerente Que me mostra o resplendor Numa parte indivisível Da metade de mim Que aceita bem o fim E o poder do impossível