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Maximiliano Skol

DOS PRAZERES DA VIDA

De uma vida ordinária e ilusória,
Sem motivo sequer, tenho-me sido.
As minhas convicções perdem memória
E sem blindagem sinto-me despido.

Uma tristeza imensa e inibitória
Dos prazeres da vida faz-me crido
Com uma depressiva trajetória
Ao meu restante tempo a mim cedido.

A tristeza entre lágrimas que verto
Tem-me sem alegria e de alma morta...
Suponho dentro em mim há um concerto

A conviver co\'  humor tão depressivo...
E não me apoquento, o que me importa:
É a suprema ventura de estar vivo.

Tangará da Serra,15/09/2023