Hébron

Olhos fechados

...

Aos mortos
Os olhos fechados

 

Aos vivos
O dilema dos pecados

 

Viver é a plenitude do milagre que se ignora

 

Morrer é a ilusão da finitude 
No esplendor do eterno 
Desde antes e agora

 

Aos pecadores
A remição via oportunidades 

 

Aos julgadores 
Os açoites e o fardo das verdades

 

Viver é a profusão do verbo dito
A ação nos tempos dos vários eus

 

Morrer é a iletração sem sentido
Decifrável pela dimensão de Deus

 

No mistério que agora futura
Há lugar no espírito a rima do verso
O enigna da vida e de todo universo

 

Imagine toda a amplidão do espaço
Com todo o amor, guarda-se no abraço
Na lúdica verdade expargindo ternura

 

Morrer é a plenitude do milagre que se ignora

 

Viver é a ilusão da finitude 
No esplendor do eterno 
Desde antes e agora

 

Aos vivos
Os olhos fechados

...