Começar sempre foi um desafio
Recomeços fazem parte
Tudo segue sua lógica
Nas mãos do escritor.
O mundo se torna pequeno
Ao passo que o tema é trabalhado
Seja sobre amor ou não
Tudo fica poeticamente agradável.
Poderia ser sobre outras coisas
Sobre qualquer outro tema
Tudo iria ser bom
Ao menos da minha perspectiva.
Como canção a se formar
O dia vai acabando
O poema vai se transformando
Ganhando suas linhas douradas.
Não ganha rimas
Não trabalhamos com poesias
Trabalhamos com espontaneidade
Sem se preocupar com palavras ritmadas.
Quase como mágica
Tudo vai se ajustando
Dedos são varinhas prontas
O espaço do poema vira minha mesinha de encantamentos.
Acho que as pessoas veem demais
Se preocupam demais
Com crase ou não
Vou só escrevendo sem receios.
A qualquer hora ou em qualquer lugar
Tudo vem se formando
Seja em uma música ou momento
As linhas vão surgindo soltas.
Eles chamam de outros nomes
Chamam de inspiração
Só não consigo parar
Nada tem sentido e não gosto disso.
Outras mentes não podem me servir de modelo
Jamais me deixo levar por outros
Vou direto ao ponto
Sou mais direto e uso, muitas vezes, metáforas.
Gosto de ver várias interpretações
Parece até que não fui eu quem escreveu
Acho graça na imaginação de outros
Tudo é uma eterna diversão.
Eles dizem que sou várias coisas
Dizem coisas que não me preocupo
Talvez eles não entendam
Não sei, tudo é relativo.
A verdade também se torna relativa
É quase como enchergar do céu
De baixo não se tem noção de espaço
Há aqueles que não se contentam com seu plano.
Aos que pensam diferente só há uma possibilidade
Viver como louco no mundo dos acomodados
Feliz daquele que encontrar seu porto seguro
Seja em versos ou cálculos, seja louco.