Dois olhos tão tristes,
Fitando o infinito,
De um azul bonito
De rara beleza!
Mas, aquele olhar,
Um grito encerra:
O grito da terra,
Da mãe natureza!
Que está tão sofrida,
Perdendo o encanto
Vertendo o seu pranto,
Com desolação
Por causa do humano
Que não a respeita
E - inerte - espreita
Tal destruição!
A seca se alastra
Há inundações,
E devastações
A torto e a direito.
Ao humano interessa
O hoje, o agora,
A terra implora
Por amor e respeito!
(Maria do Socorro Domingos)