Santidade
Amordaçar
olhos sedentos
que sejam vendados
de forma coerente
alguns cheios de veneno
carentes de fé
Ingenuidade de sentimentos
tomar posse do que não se deve
que não esteja destinado ao sepulcro
olhos e seus desejos
que a mordaça
e o silêncio
sejam oportunos
e possam defendê-los
dos desejos nefastos
do nosso
mal querer
daquilo que nunca nos fará soberano
o coração
pulsante de festim que se empenha
em viver
toda cena permitida, por anjo decaído
que eu tento me esconder
o andróide que habita em mim
espera ser averiguado por Deus
em cada boca vê bondade
e lábios vermelhos
pra desatinar no que vier
ser e sentir
e distinguir a diferença
de santo e profano
e seguir o caminho
aparentemente impossível
A santidade é um colibri
á retirar doce do pântano.