Helio Valim

Ritmo amoral

 

É sombra,

é sombrio

sem um pingo brio!

 

É sobra

de obra,

jogada no rio!

 

É queimada

velada,

dando arrepio!

 

É turba inflada

calada,

sem dar um pio!

 

É censura

danada,

calando o arredio!

 

É sombra,

é sombrio,

mas, com sangue frio!