Abel Ribeiro

Cordel raça sem cismo

Entre o tempo de existência

Racismo cresceu em demasia

Humanos perderam a paciência

E a diferença virou hipocrisia.

 

Os dias lhes tornam doentes

E o medo do outro lhe faz sofrer

Pavor nas ruas rondam suas mentes

Sofrem com o medo de adoecer.

 

Sociedade, campo ou cidade.

O ódio não lhe faz crescer

Olhai ao seu redor sem maldade

Com o diferente se aprende a viver.

 

Abrace todas as cores possíveis

Beije no rosto com coração

Não se envolva por insensíveis

Vá à busca da sua humanização.

 

Viramos “coisas” certas vezes

Depois vamos ao pó dos sete palmos

A casa grande abriga burgueses

E terra o destino nos cemitérios calmos

 

Quando a noite mais solitária

Virou a arma do nosso lamento

O corpo pediu mais uma vez

Acaba de vez com esse tormento.