esperança
é sentar
ao lado
da vida,
e julgar-se
dono
de
vários
mundos
em um
só.
esperança
é botejar
sobre
as águas
sem portos,
e esperar
as marés
das águas,
se unirem,
num sopro
de vinho
de amoras
e pêssegos.
esperança
é deixar
escorregar
suas mãos
por entre
nossos
dedos
e pedir,
logo
ao tempo,
que se abra
em dois,
e
a comitiva
de deuses
seja
sempre
de chegada
sem partida,
de alegria
sem mortos e
sem
desencanto,
que também,
um dia também
amaram
a vida
e velejaram
também por portos
de águas.
amores famosos!
cheio de honras,
amores formosos!
Ah! doce aurora!