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Rolam as pedras, rolam pedras mudas
Arrancadas, como arrancam o coração
Jogadas em ladrilhos no chão
Estrondando grito que ninguém escuta
Rolam as pedras, rolam pedras mudas
Sem surdina, rasgam o escrutínio
Ao futuro, indiferentes ao destino
A natureza em impassividade, ausculta
Revolvam-se terras, querem tesouros
Revoltam-se serras, indignação de pedra
Turvam-se o diamante em noite
Apagam-se o brilho da prata e do ouro
Em desequilíbrio, calor em açoites
Revoltam-se serras, indignação de pedra
Dessa sina, viva a reação que nos espera
Rolam as pedras, rolam pedras mudas
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