Os jardins noturnos têm lindas rosas,
Veladas por luares tão tristíssimos,
Onde voejam calmas e silenciosas,
As névoas frias com seus véus alvíssimos.
Nesses jardins encontram-se formosas,
As lembranças de olores suavilíssimos,
As notas das sonatas dolorosas
Que adejam pelos ermos antiquíssimos.
Encontram-se também nas madrugadas
O silêncio dos astros solitários
E as almas pelas dores maceradas...
Tem lindas rosas os jardins noturnos,
A solidão que lembra os campanários
E a mágoa dos olhares taciturnos...
Thiago Rodrigues