Diante de ti, sou sombra em claros véus,
Numa entrega constante, invisível aos olhos teus.
Anseios revelados, num silêncio sem respostas,
O que esperas de mim, senão indagações cruéis?
Minha alma exposta, num altar de incertezas,
Em busca de um eco no eco do teu ser.
Mas sou visitante fugaz, não habitante eterna,
Pagando um tributo à incerteza que quero entender.
O que esperas de mim, nesse palco de interrogações,
Onde os versos que declamo se perdem no ar?
Em cada estrofe, uma promessa de imprecisas ações,
Num enredo que reescrevemos a cada alvorecer.
Nas entrelinhas do tempo, dançamos lado a lado,
Sem amarras, sem conclusão, apenas o aqui e agora.
Deixo-te a chave dessa história inacabada,
Para que continues a desvendar, a cada aurora.