Hébron

Soneto claudicante

 

caio, quedo-me em queda
voo em vasto precipício
a razão ingrata, não  medra
o desespero é meu vício

 

qual liberdade resta ao errante
ao errar um negro alvo
em mira indigesta, a flexa
em arco sem qualquer íris

 

obtusa visão de cicatrizes
que ignora o que lhe afeta
claudicante em passo falso

 

desluzida ideia de um pensante
que se faz refém dessa falha razão
não se libertando pelo coração