vivip

Se o mundo acabar.



E se o mundo todo acabar

E eu tiver perdido tempo
Tentando tanto me libertar
Desse doloroso desalento.

Não terei sorrido o bastante
E não viajarei tão distante
Nem amado meu amante
De forma que amor cante.

Não vencerei a tristeza
Ou descoberto beleza
E provado a gentileza
Desfrutando de sutileza.

Não terei visto direito
O que me cerca de dia
E brilha quando me deito
Visitando noturna epifania.

Não terei velejado
Nem desabafado
Nem cortejado
O mundo desleixado.

Ele não brilha como sol
Não é justo como lei
Não é belo como girassol
Mas grita em baque surdo!
“Sabem a falta que farei”.