E se o mundo todo acabar
E eu tiver perdido tempo
Tentando tanto me libertar
Desse doloroso desalento.
Não terei sorrido o bastante
E não viajarei tão distante
Nem amado meu amante
De forma que amor cante.
Não vencerei a tristeza
Ou descoberto beleza
E provado a gentileza
Desfrutando de sutileza.
Não terei visto direito
O que me cerca de dia
E brilha quando me deito
Visitando noturna epifania.
Não terei velejado
Nem desabafado
Nem cortejado
O mundo desleixado.
Ele não brilha como sol
Não é justo como lei
Não é belo como girassol
Mas grita em baque surdo!
“Sabem a falta que farei”.