AMOR ETERNO
Pouso meus pensamentos em tantas partes de nós
Pouso profundo...
Passo por rios, mares, cascatas e cachoeiras
Atravesso pomares e todos os pedaços do paraíso
E encontro a minha e a tua alma
A minha e a tua face
Perpassando poentes
Em pensamentos doces e proibidos
Amor eterno
Paixão permanente
Pouso em meus versos e sonetos
Nas rimas que me diluem com a chuva
Que arregaçam e encharcam meus punhos
Que me ardem de prazer num sonho lento
Que me levam ao encontro do vento
Em noites límpidas de abril
O meu e o teu corpo
Paixão quente, febril
Pouso quando me olho, hoje
E comovido ao encontrar o teu olhar
Sinto aquele vento frio do nosso último agosto
Noite estrelada
Tua boca entrelaçada
Língua tua que me abraçava com tua voz em trina
De penetrar em meu corpo
Minhas alegrias findas
O tempo passou...
Se foi...
Roubou nossa permanência
Levou nosso setembro
Nossa última noite de agosto
Abandono, profunda ausência!
Hoje quando novamente me olho
Vejo-me que estou mais velho
Sem estar velho, e concluo:
Estou ardentemente vivo!
E ardo em brasa a tua espera
Nos meus sonetos
Nas rimas da saudade
Do nosso amor terceto
E entrego em meus versos
O meu ser comovido
Nos meus atos e nos meus gestos
O que já estava predestinado e escrito:
Nosso Amor Eterno e Bendito!
Vlad Paganini
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