Vlad Paganini

\'AMOR ETERNO\'

AMOR ETERNO

Pouso meus pensamentos em tantas partes de nós

Pouso profundo...

Passo por rios, mares, cascatas e cachoeiras

Atravesso pomares e todos os pedaços do paraíso

E encontro a minha e a tua alma

A minha e a tua face

Perpassando poentes

Em pensamentos doces e proibidos

Amor eterno

Paixão permanente

 

Pouso em meus versos e sonetos

Nas rimas que me diluem com a chuva

Que arregaçam e encharcam meus punhos

Que me ardem de prazer num sonho lento

Que me levam ao encontro do vento

Em noites límpidas de abril

O meu e o teu corpo

Paixão quente, febril

 

Pouso quando me olho, hoje

E comovido ao encontrar o teu olhar

Sinto aquele vento frio do nosso último agosto

Noite estrelada

Tua boca entrelaçada

Língua tua que me abraçava com tua voz em trina

De penetrar em meu corpo

Minhas alegrias findas

 

O tempo passou...

Se foi...

Roubou nossa permanência

Levou nosso setembro

Nossa última noite de agosto

Abandono, profunda ausência!

 

Hoje quando novamente me olho

Vejo-me que estou mais velho

Sem estar velho, e concluo:

Estou ardentemente vivo!

 

E ardo em brasa a tua espera

Nos meus sonetos

Nas rimas da saudade

Do nosso amor terceto

E entrego em meus versos

O meu ser comovido

Nos meus atos e nos meus gestos

O que já estava predestinado e escrito:

Nosso Amor Eterno e Bendito!

Vlad Paganini

 

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