Jose Kappel

Perdidas Areias Mornas

 

O rumo é atrevido

e parado,

a paz é suspeita,

a dor agrura,

de todos os lados.

 

Meias-paredes,

fazem aparentes cortinas,

zanzanadas pelo tempo.

 

Longo tempo de balbuciar

ao vento!

 

Eu,agora cá,

amorfo entre os lencóis

sancristos,

penso o que é a

vida

senão açoite !

 

Os milagres

estão

em descréticos.

 

Pelas longas

horas de saber

a vida me ensinou,

lenta e vagorosa

que os homens

não são

iguais

mas extremamente

desiguais.

 

surgem entre

o desejo

de ser rei

e temem

pelo medo

de não

serem reis.

 

Ah! mil léguas de  dor!

traídas pelo tempo!

 

Cujo, tem nome:

é medo.

 

O corretor

de guerras

teme os

alheios,

e os visigodos

pois podem perder

a marmita de

ouro

que lhe são entregues

todo o tempo.

 

Perco a hora

mas não perco

pela honra !

E zera o tempo,

e faz costume

de areias perdidas !