Terno vento quente acariciava,
suavemente, e moldava as flores.
Papel rosa crepom a tudo ornava,
embrulhando folhas em rúbeas cores.
Inflorescências de flores crespas,
onde onírica paleta, explodia em tons.
O branco, em díspar composição,
pintava-se rosa e vermelho coração.
O que interessava era a poesia,
mas, decerto, a brisa roubava a harmonia
balançando folhas e flores em heresia.
Beijava o rosto, envolvia a alma,
entorpecendo o todo, sem pressa,
sussurrando, mansamente, calma.