no fim do túnel
tinha outro
túnel e, depois,
do primeiro,
tinha o terceiro,
mas tinha que,
por nesga ação,
e imprudente
movimento,
passar
pelo segundo.
estava eu novamente
no caos do túneis,
sabendo que nenhum
deles
levava a nada.
e, por anseio de vida,
passei a procurar,
e depois desejar
a saída.
mas não havia
nem entradas
nem mais
saídas.
e fiquei conhecido
como o homem
dos túneis, das
trevas,
onde a saída
era a mesma da
entrada
e a entrada
era o início
da saída,
que não existia !
por zeus !
sou homem
sem idas
e sem voltas !
sou o homem
do simples
adeus !
sou de carmim
sem peso,
sem mais amor,
devedor
da vida,
e morrendo
no escuro
das lápides
sem afins !
e nesse caos e entretanto,
apesar de tudo,
lá cheguei a conclusão,
que eu não existia.