As nuvens são brancas,
o verde canta,
a cadeira na
varanda acolhe.
Os prédios antigos passam
a ter cor durante a
hora em que o sol
mergulha no mar.
O cinza é inexistente no visível.
Um passarinho cochicha-me
segredos. Belos desejos.
Contudo, são os meus.
O que será das nuvens de amanhã?
Ninguém o sabe, mas
espero, com o coração
fraterno e diligente,
que não chova – permaneçam
assim leves. Quietas.
Intocáveis. Um pedaço
de eternidade.