Neste caminho vão as névoas frias,
Os ventos rudes que sopram nas portas,
Sombras de novo em flóreas arcarias,
Vagando calmas sobre as folhas mortas.
Vão as saudades com as agonias,
Na luz de um astro que no céu floresce,
E voz suave de antigas melodias
Brota nos ares como etérea prece.
Morosas almas com os seus martírios,
Outrora, vi-lhes, era o mês das rosas,
Que tombam como as pétalas de lírios...
Ai sem perceberem foram seguindo,
E no céu olhando-lhes silenciosas,
A lua acompanhava-lhes sorrindo...
Thiago Rodrigues