TEU OLHAR
Tempo do Universo
Uma ponte, uma estrada, um caminho, um rio
Nosso encontro
Uma travessia
Dentro do meu e do teu olhar
Naquela tarde brotou a primeira poesia
Teu olhar estático, pidão
Dentro dele uma cidade, um casarão
Mas lá estava ele
Em uma única visão
Despertando numa eternidade
O olhar do amor
Nas fibras do meu coração
Seria apenas um olhar?
Não, ele revelava a batida da tua emoção
Aura cristalina
Sintonia de almas
Canção que se fazia
A minha e a tua melodia
Naquele momento o mundo parou
Teu olhar me sublinhou
Teus lábios pediam calados
Todo o amor dos meus
Que há tanto tempo por ti foram guardados
Vento, brisa, tarde de sol
Teu olhar pedia naquele entardecer
Todo o teu desejo do meu ventre
E o meu do teu anzol
Tarde que se foi...
E permanece até hoje
Pra sempre!
Escultural, obra prima de uma bela tarde
Refletiam nossos corpos na janela
Tal como o sol reflete ao entardecer
Obra de arte registrada na tua cama
Entre lençóis formavam uma grande tela
Lá estava nossa obra, estonteante e bela
Hoje teu olhar só me traz a saudade ao longe
Não abro mão do que nos uniu
Amor verdadeiro, nossa ponte
Uma saudade intensa e profunda
Resplandece no horizonte
Teu olhar continua até hoje a me olhar
Mesmo a distância
E ainda que mesmo em sonhos ainda peço
Que o nosso amor seja eterno nesses versos
Vlad Paganini
Ah esse teu olhar temeroso
Que lançou em minhas têmporas
Que penetrou num doce veneno
Que acertou o alvo do meu peito
Apertando o gatilho
Permanece até hoje
Com o doce mel do teu brilho
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