Sinto que sinto,
que nada me passa,
que sou alcance,
pedras de triturar,
comodatos dos fiéis
cavaleiros sem reino.
Se vem da terra,
boia na água,
encharca os vinhedos,
sem voltas, de passadas
e goles rápidos,
cheio de repentinos.
Sinto o que falta
para começar a
acabar.
Sinto que falta,
o início do falso,
que começa a chegar.
Sinto o que passa:
na terra dos caracóis.
Se ela passa
vou untado de mel!
na terra só minha,
onde rodopiam girassóis!
Não importa seu caminho:
deve ser curto,
cheio de pavio, premente
para lançar chamas
no vale do amor
sem sol.
Se vai, não vou atrás,
se nada faço,
então sei que
acabo de entrar
no pavilhão
dos sozinhos.