Jonhmaker

Que mal há em ser feliz?

 

Cubro-me no calor desse dia,

por um lençol branco e arejado,

Alvejado no peito

pelo toque da sua mão,

Que desanca para longe o pesadelo...

Teu sonho me sorriu,

Teu sorriso me sorriu ;

Quando deitei-me

naquela bela nuvem branca .

 

E no sonho,

Dentro do meu jardim,

Um copo de leite se abriu,

entrado por seu verso,

Derramado em minha cama,

Amado numa lua plena

sobre o meu leito...

 

Mas que pena,

Era tão bonito esse poema,

e foi rejeitado,

(falhado)

Pela caneta com defeito...

 

Me deito, a te observar, te deitas,

(Em mim)

Estás tão perfeita nessa poesia,

Que, do meu cantinho,

Existe esse grande amor ao te ver.

Sei, existe de ti o amor,

O carinho,

Uma saudade que antes não vi

na distancia lida em meu peito.

 

E tu vinhas de um sonho

bailando por um atalho,

Quando encontrei a lua chorando.

Pensei que era dali que surgia

o meu orvalho...

 

Me enganei, chove, chove,

E tenho-lhe gratidão

Por tua imensidão e pela chuva

caída nesse momento.

É nela que se “esvoa” afortunado

o meu pensamento.

Meu olho se perde nessa filosofia lida,

na indiferença sofrida,

Que a mim em nada condiz.

E banida do teu seio essa crença,

tu vens e me pergunta

Que mal há em ser feliz?