Cubro-me no calor desse dia,
por um lençol branco e arejado,
Alvejado no peito
pelo toque da sua mão,
Que desanca para longe o pesadelo...
Teu sonho me sorriu,
Teu sorriso me sorriu ;
Quando deitei-me
naquela bela nuvem branca .
E no sonho,
Dentro do meu jardim,
Um copo de leite se abriu,
entrado por seu verso,
Derramado em minha cama,
Amado numa lua plena
sobre o meu leito...
Mas que pena,
Era tão bonito esse poema,
e foi rejeitado,
(falhado)
Pela caneta com defeito...
Me deito, a te observar, te deitas,
(Em mim)
Estás tão perfeita nessa poesia,
Que, do meu cantinho,
Existe esse grande amor ao te ver.
Sei, existe de ti o amor,
O carinho,
Uma saudade que antes não vi
na distancia lida em meu peito.
E tu vinhas de um sonho
bailando por um atalho,
Quando encontrei a lua chorando.
Pensei que era dali que surgia
o meu orvalho...
Me enganei, chove, chove,
E tenho-lhe gratidão
Por tua imensidão e pela chuva
caída nesse momento.
É nela que se “esvoa” afortunado
o meu pensamento.
Meu olho se perde nessa filosofia lida,
na indiferença sofrida,
Que a mim em nada condiz.
E banida do teu seio essa crença,
tu vens e me pergunta
Que mal há em ser feliz?