Menino e a Lua

O Velho do Banquinho

Eu era menino, 
passava naquela rua e via,
Um homem sentado no banco,
me olhando e olhando,
 me olhava e ria...
E eu pensava...
\"se não é louco, esta ficando.\"

Sem tempo, 
Eu só queria ser bem sucedido,
Eu era melhor que um velho,
Sem dúvidas ...
Sentia que era invencível 
me sentia escolhido.

Cresci, me formei, 
Arrumei um bom emprego, 
tudo indo...
E quando lá naquela rua passava,
La estava ele sentado,
me olhando e rindo..

O tempo passou...

Amei, me casei, até pai cheguei a virar!
Sempre passando naquela rua,
Exibindo vitórias na cara dele!
pensando...
\"Essa vitória jamais será sua\"
Maaas...
ele lá, rindo de gargalhar.

Me irritava
Só dele pensar que sabia mais...

Mais dez anos passaram,
Me divorciei, meu filho cresceu,
Nao vi, mas cresceu...
Amei de novo...
Separei, achei novos temas
Veio um novo amor novo,
Só para novos poemas.

Sempre querendo mais e mais,
Nunca satisfeito..

Mas ja não era tão invencível,
Vencido pelo relógio invisível! 
Fui até o velho homem 
Queria saber oque só ele sabia....

Sentei ao lado dele e perguntei,
\"de que tanto o senhor ri afinal?!\"
Ele me apontou um jovem que subia a rua,
De peito estufado,  pressa de conquistar o tudo...

Pensando tão grande que, ao menos podia apreciar o valor nos detalhes da vida como o  de dizer \"Bom dia\" a um velho...

Dois agora...
E rimos juntos dessa vez...