Eu, pelo escuro quarto, vou silente,
Devagar, com cuidado... A minha mente
Está vazia e pesado o coração
\'Stou tristonho, aéreo e em comoção.
Não me sinto, o pisar está dormente,
Prossigo no escuro, vou em frente,
Com a chorosa alma e a volição
De apelar para o céus em oração.
Meu Ring Neck se foi, está vazio
E turvo o quarto, aqui, neste momento...
E dentro de mim há um desvario.
Que me atordoa: penso que, talvez,
Ao manter penumbroso o aposento,
O meu Ring Neck retorne dessa vez...
Tangará da Serra, 29/07/2023