As vezes sinto preso numa eterna farsa
Cada hora que passa tudo perde o valor
Onde a culpa se torna minha leal comparsa
Risos sem graça com uma perpétua dor.
As vezes sinto anseio afim da experiência
De uma carência que logo atenção o chama
Com tudo em mente vindo se tornar dolência
Enfim, ausência se constrói num longo drama.
As vezes sinto angústia por pensar tanto
No meu canto, nada além da intensa saudade.
Digo as vezes, mas é sempre que sinto o pranto.
Daí levanto com a sensação na metade
No vasto vazio que há no meu coração
Sendo o meu único medo a solidão.